Fevereiro chegou. O mês dos namorados - como é perpetuado há muitas luas - desperta logo aquele frenesim comercial. O vermelho invade as montras sob as mais diversas formas. Ele é rosas, corações, peluches, ...
Contudo, a pontaria nem sempre anda afinada e a seta do cupido falha muitos dos alvos.
Ser solteiro em dia de São Valentim não é de todo um Apocalipse. Até porque quem sobrevive os restantes 364 dias do ano sem uma metade da laranja, não é mais um dia no calendário que fará a diferença. O problema maior estará com certeza em quem tem e, de um momento para o outro deixa de ter.
O "b-a-bá" de que o dia dos namorados devia ser todos os dias já todos conhecemos, mas, quer queiramos quer não, o peso de uma data convencionada socialmente como um dia dedicado aos "amantes" deste mundo, acaba por ser superior à ideia de "ah, hoje a pessoa especial esqueceu-se de mim, mas fui muito feliz nos outros dias do ano e isso é que é realmente importante!". Quem queremos enganar? Por mais simples que seja o gesto, será sempre mais agradável do que não ter direito a absolutamente nada! (Não me digam que vos é indiferente, se nesta data especial a vossa cara-metade decidir fazer gazeta da sua veia de Romeu apaixonado, ainda que nos restantes dias do ano seja um verdadeiro príncipe (e quem diz eles, diz elas)!). Quando na nossa vida existe alguém a quem abrimos a porta do nosso coração, por mais singelos que sejam os planos para o dia de São Valentim, acredito que nenhuma das partes ia pular de felicidade se percebesse que ao invés da nossa companhia, o namorado optou por ir jantar com a amiga de infância, ou que a namorada teve a feliz ideia de combinar uma sessão de cinema com os colegas do trabalho! Sim, isso pode fazer-se em todos os dias do ano, mas seria no mínimo estranho, encararmos o "dia dos namorados" como um dia regular, quando temos um(a). Por muito que nos queiramos alhear dessa convenção, fica muito difícil quando tudo à nossa volta nos remete para tal. Também acredito que um parágrafo, não dita a intensidade do capítulo ou o desfecho da história, mas sem dúvida que tem repercussões e impacto nos mesmos, ou seja, não é um dia que vai definir o nível de amor que existe entre um casal - o que é um dia, em 365 (ou 366, neste caso!)?!
Isto tudo para dizer que o problema não está na data em si, mas nas memórias que temos dela. Não são tanto as coisas melosas e a atmosfera saturada de elementos fofinhos que nos incomodam, mas sim o que todas essas lamechices nos trazem à lembrança. Acontece que muitos de nós já fomos solteiros nesta data, outros ainda o são, é verdade. Mas o maior desafio, me parece a mim, existe para quem entra pela primeira vez nesta condição de "recém-solteiro" em vésperas de São Valentim! Ainda de ressaca de um amor que nos caiu mal, tudo o que menos precisamos é de "ingerir" cenários de frases e promessas de amor eterno. Ficar solteiro, não seria mau, se de facto não morasse qualquer sentimento no coração, mas hoje escrevo sobre quem, sem aviso prévio, vê a sua máquina estilhaçar-se em mil fragmentos, com ou sem o "Dia dos Namorados" à porta! E o tema das próximas publicações aqui no "estaminé" será sobre o mote: "Sou solteiro(a), e agora?".
É só ficarem desse lado para saber o que devemos ou não fazer quando a nossa relação termina!
O que acham que deve ser feito?
A sociedade e a economia impõem-nos estas datas com tudo o que elas têm de bom e de mau.
ResponderEliminarQuanto ao ficar solteiro, e agora? depende muito, das circunstâncias, das crenças, das vontades, do conhecimento de si próprio... Mas regra geral, não é fácil ;)
Vai sair agora uma comédia fantástica sobre o fantástico que pode ser ser-se solteira. Falo por experiência própria, depois de uma longa relação acabar, ficar solteira foi das melhores fases da minha vida... Vive-se intensamente e há que olhar para o copo meio cheio!
ResponderEliminarOlá, muito bom dia.
ResponderEliminarConvido-te a visitares o meu blog. Após alguns ajustes, pretendo seguir com este projeto de coração.
Com o blog, pretendo partilhar, entre outras coisas, novos lugares, experiências e sabores.
Caso já o faças, resta-me agradecer.
Beijinho e uma ótima semana!
Mónica Rodrigues dos Santos
http://cupcakewomen.blogspot.pt/
Eu fiquei solteira no dia 10 de Fevereiro após 9 anos de relação. Portanto sou o exemplo perfeito para o que escreveste. No dia 14 (e mesmo não dando importância a toda essa carga social), enchi-me de coragem e fui ao cinema... sozinha. Em pleno dia dos namorados, salas atolhadas de casais e eu sozinha ainda a tentar ambiantar-me a esta nova condição. Fui ver o filme "como ser solteira" e diga-se de passagem que foi bem agradável, principalmente no dia 14, ver um filme que conta a história de uma mulher que fica solteira e aprende a viver sozinha. Meio comédia, meio verdade... adorei. Sai do cinema orgulhosa e de peito cheio, entrei no carro e lavei-me em lagrimas... foi um mix de sentimentos, eu própria já nao sei o que é ser solteira após 9 anos... e acho que ainda não me integrei por completo nesta condição. Aguardo as tuas próximas publicações.
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