Eu não disse que isto de trabalhar em dias que, por norma, as pessoas não trabalham me deixa desorientada?
Hoje lá peguei no carro pela manhãzinha - já ia algo que atrasada. Estacionei e fui a correr para o comboio. Cheguei mesmo em cima da hora definida para a chegada do comboio (e nem a "viagem" arrisquei comprar, com receio de perder o comboio). Ao longe lá avistei pessoas na plataforma à espera da chegada do mesmo comboio. Fiquei logo mais aliviada: "Uffa, ainda vou a tempo!" - pensei.
Esperei, esperei, esperei,... (E onde é que já ia a hora do meu comboio - aquele para o qual achava que estava atrasada). Nada, nem sinal. Comecei a juntar as peças e lá disse para mim: "Bem, afinal perdi mesmo o "meu" comboio e estas pessoas estão é à espera do próximo. Bolas!". Sabia que o próximo só passava dali a uns valentes minutos e que me faria chegar muito atrasada aos meus compromissos. Até que soa o sinal sonoro e um comboio surge lá longe, ao rasgar da curva. Nesse momento, fiquei mesmo confusa: será que afinal o meu comboio não tinha passado e circula com atraso? Mas não, não era o meu comboio. O meu comboio não partia daquele apeadeiro. Mas também não podia ser o próximo. Esse só chegava largos minutos depois (e nunca chega antes da hora). Então fiquei-me pelo fator "sorte"... Tinha perdido o meu comboio e apareceu aquele como "dádiva" para que não chegasse atrasada ao trabalho. Apanhei esse comboio e aproveitei a sorte. Ao ver o comboio tão cheio (para aquela hora da manhã) e ao ver o ecrã de informação onde estão descritos os apeadeiros, percebi que estava tudo diferente... Só depois caí em mim... Era feriado! E toda a gente sabe que aos sábados, domingos e feriados os transportes públicos têm horários diferentes.
Mas como vêem, tinha acabado de escrever sobre esta desorientação antes de me deitar e na manhã seguinte, por ser uma rotina tão comum, já nem me ocorreu que era feriado. No meio daquela azáfama comum, esqueci-me. Parecia uma manhã como outra qualquer.
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