(O meu) Dia Mundial da Criança

Um dia a nostalgia bate à porta e a saudade chega sem aviso. (Voltar a) Ser criança... qual o adulto que não o desejou?! Quem não acaba por dizer baixinho para si o quão bom era voltar a ser pequenino e acreditar nas casinhas de chocolate, nas árvores de açúcar ou nas nuvens de algodão? Mas sê-lo na sua essência... com aquele olhar brilhante de fé no amanhã, aquele jeito enternecedor de quem carrega o mundo dos sonhos no coração, aquele sentimento permanente de viver um conto-de-fadas e de confiança cega em si mesmo, como quem ambiciona salvar o mundo. Aqueles seres de palmo e meio capazes de desbravar montanhas, vales e florestas densas... que se vêem gigantes, valentes e guerreiros, capazes de tudo como o seu super-herói preferido do cartoon da manhã. Carregam a esperança - essa coisa rara que hoje em dia já quase só vemos neles...! E como este mundo precisa de esperança...! Esperança no amanhã, esperança em nós, Humanidade! Eles têm...! As crianças são, sem dúvida, a nossa riqueza. Mas um tesouro raro e valioso como este deve ser cuidado, polido, protegido, salvaguardado. São frágeis e facilmente se quebram... E que pior atrocidade do que aquela que se investe contra seres desta natureza tão pura. 
E é por isso... que a pensar (também) nas crianças e, sobretudo, naquelas que não têm um escudo protetor que faça ricochete à crueldade e que lhes estenda uma mão ou olhe por si, que dediquei parte do meu "Dia Mundial da Criança" a contribuir para o Banco Alimentar Contra a Fome. Uma pequena ajuda aqui, outra ali e enchem-se cestos e "carrinhos", mas, mais do que isso, barrigas e corações de muitas famílias. Pais e mães que derramam lágrimas à hora das refeições por não ter o que dar às suas crianças. Dar muito, dar pouco, a meu ver não é relevante. Importa é dar (não deixa de ser uma responsabilidade social que todos deveríamos adotar)... por vezes, há quem dê até o pouco que tem, porque viver em sociedade não é só olhar em frente, num rumo egoísta, mas olhar também para o lado. Dentro de todas as dificuldades que possamos estar a atravessar, perceber que há quem enfrente o dobro ou o triplo é uma excelente forma de equilibrar o nosso íntimo, porque "dar" faz-nos sempre um bocadinho mais felizes, por mais cinzento que o nosso mundo esteja. Recordem-se que o milagre a multiplicação não está ao alcance de todos... mas o da divisão sim!
Gosto de acreditar que maior do que qualquer crise, é a nossa bondade e solidariedade!


"O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá."
(Madre Teresa de Calcutá)

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