Um primeiro de outubro recheado




O calendário marca o dia 1 do mês de outubro de 2014. Sem dúvida uma data a reter.
Hoje assinala-se o dia Mundial da Música, o Dia Internacional do Idoso mas não só.
Hoje entra em vigor uma lei que peca por tardia. A partir deste dia, passa a ser crime maltratar animais em Portugal (finalmente!). 
Também neste 1 de outubro entra em vigor o novo salário mínimo nacional, que passa dos 485 € para os 505 €. Não é um aumento que nos vá fazer recuperar o fôlego, não é nenhum balão de oxigénio para o "sufoco" que muitas famílias (se não todas) enfrentam diariamente, mas é um sinal de alguma motivação e esperança para todos! É mais agradável assistirmos a um aumento - ainda que pouco significativo - do que a uma redução ou estagnação.
Claro que olhando para o panorama mundial a discrepância de Portugal para países como Luxemburgo (1921€), Bélgica (1501€), Holanda (1469€), Irlanda (1462€), França (1430€), Reino Unido (1264€) é mais do que visível.
Esta diferença abismal - que nos faz estar na "cauda" dos rankings quase -, não invalida que Portugal tenha outras regalias e virtudes que não encontramos lá fora. Tem sim! Mas ainda que certos preços aqui sejam mais acessíveis que lá fora, a verdade é que o meu ordenado nem desses nichos mais baratos me permite usufruir.
Lá fora o custo de vida é caro, mas os salários existem em proporção desses custos. Aqui o nível de vida é caro (não, não o é quando comparado com outros países é certo), mas tendo em conta a capacidade de rendimento das famílias nem esse nível conseguimos suportar (isto se considerarmos uma agregado familiar comum... agora imaginemos um agregado familiar com um ou mais membros com necessidades educativas especiais, com um ou mais elementos desempregados, com todas as despesas normais de uma família às quais não podem fugir (isto se quiserem ter uma vida com o mínimo de qualidade), tudo isto, quiçá, com penhoras em cima...
Portugal, este cantinho à beira mar plantado, carregado de virtudes e regalias, tem de lutar por si e pelos seus. Os nossos governos e empresas têm de batalhar para conseguir igualar estes números e desengane-se quem julga que estamos isentos de culpa ou de responsabilidades. Não estamos. Precisamos de agir. Mas até nesse campo muitos de nós têm limitações. Eu tenho.
Empreender significa investir e, muitas vezes, o que não temos! E muitas vezes debaixo de um risco imenso... e, muitas vezes, sem retorno. Se eu investir pelo meu país (com todas as poupanças de uma vida) e me endividar... o país não está lá para me levantar do chão... Não existe essa salvaguarda para me cativar e incentivar a fazê-lo sem pudor ou sem refletir nas consequências!
Apesar desta avaliação paralela há que louvar e focar essencialmente estas duas novidades neste 1 de outubro!
post signature

CONVERSATION

1 comentários: