A Suzy e a Europa

Não querendo ferir suscetibilidades, mas ferindo... (E porque dizem que faz mal à saúde guardar aquelas coisas que nos causam espécie só para nós - e eu tenho muito amor à minha saúde)... decidi partilhar este meu "nó" com vocês, na esperança de encontrar (junto de vós) justificações suficientemente sólidas e coerentes para o que vou expor.

O QUE É ISTO?



Acompanhei a final do Festival da Canção - de onde iria sair a voz e a canção que iriam representar Portugal, no Festival Eurovisão da Canção (vou partir do princípio que toda a gente sabe o que é e poupar-me nas explicações, para não tornar o texto enfadonho!)
Para meu espanto (e de tantos outros, que não tardaram a demonstrar a sua indignação no momento ao ecoar alguns apupos ou mesmo ao abandonar o Convento do Beato, em Lisboa, antes da senhora discursar ou interpretar, mais uma vez, o agora tema vencedor), a NOSSA escolha (sim, fomos nós, povo português, que votamos) foi esta versão feminina e igualmente pimba do Emanuel. Com todo o respeito pelo senhor e pelo seu trabalho, esta não é de todo, para mim, o estilo/género/letra/composição/performance/talento/etc que eu escolheria para representar o meu país num festival da Canção, que leva um pouco do nosso país para a Europa.
Pois bem, Copenhaga, na Dinamarca (onde irá ter lugar a Eurovisão de 2014), vai ficar a conhecer "Quero Ser Tua" (nome da canção vencedora), uma canção da autoria de Emanuel e interpretada pela cantora Suzy. 
Com artistas maravilhosos em Portugal e compositores de se lhe tirar o chapéu (existiam até outras alternativas, por exemplo, no top10), não percebo porque continuamos a escolher esta vertente popular/pimba como candidata a VENCER um festival.
Mas isto do género é somente um gosto pessoal. Em termos de festival até é uma música que funciona. É uma música animada, alegre, com ritmo (bem ao estilo da Eurovisão) e que foge àquele tom das baladas que muitos acusam de enfadonho. A Suzy não me parece ter a melhor voz (a dita voz pujante). Pareceu-me uma voz frágil que pode facilmente desafinar. Julgo que o tema poderá ser mudado em alguns aspetos, sobretudo para que ganhe mais cor, mais vivacidade e para tornar a presença da cantora em palco mais apelativa.
Tendo em conta que lá fora, poucos são os que entendem a nossa língua, esta letra cumpre a sua função. Não há propriamente ali um poema para se compreender, ou uma mensagem/conteúdo muito profundo e complexo para perceber. É uma letra simples, básica, sem grande mensagem... fica no ouvido quanto mais não seja pelo ritmo.

Do "Top5" gostei da Canção nº 3, “Nas Asas da Sorte” (de Jan Van Dijck/Paulo Abreu Lima), interpretada pela Zana (adorei todo o instrumental, a sensação de energia e força que transmite e gostei bastante daquele toque medieval) e, ainda, daquela que se calhar é (do top5) a que, provavelmente, seria a proposta mais adequada para representar as cores nacionais lá fora. Falo da Canção nº 2, “Mea Culpa” (de Andrej Babic/Carlos Coelho), interpretada pela Catarina Pereira.

Depois da eleição da música vencedora, instaurou-se a polémica. Há quem diga que houve manipulação na votação final e como tal já corre por aí uma petição para que a música e o representante de Portugal no evento Europeu sejam trocados. 

CONVERSATION

1 comentários:

  1. A mim parece-me que tem sérias hipóteses de vencer esse magno concurso europimba. E, para além do mais, a Suzy rivaliza com qualquer dinamarquesa. Tenho de verificar o resto da sua obra.

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